Posicionamento institucional para que uma mulher seja indicada ao STF
A Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF), organização comprometida com a promoção da diversidade de gêneros e proativa no que diz respeito à inclusão de mulheres em ambientes institucionais – seja por intermédio do seu núcleo feminino “Win Brasil”, seja por meio dos debates que promove sobre o tema -, manifesta sua apreensão com relação à próxima nomeação para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O cenário de desigualdade de gêneros no STF merece cuidados urgentes e imediatos. São apenas duas ministras para um total de 11 magistrados. E a possível substituição de uma delas por alguém do sexo masculino agravará ainda mais essa já alarmante disparidade.
Saudamos a recente nomeação de uma mulher para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), tomando-a como mandatória dada a similar falta de equidade naquele tribunal (26 homens, sete mulheres), mas sob a ressalva de que ela jamais poderá servir de justificativa para a não adoção de medida equivalente no STF.
É, portanto, imprescindível que se revertam as intenções recentemente manifestadas pela Presidência da República no sentido de que a paridade de gêneros não seja tida como critério primordial na seleção do próximo membro da Suprema Corte.
É, de fato, premente a necessidade de reversão desse quadro e da consequente indicação de uma mulher para a Suprema Corte brasileira. Essa acertada decisão não apenas trará equilíbrio em termos de equidade de gênero, mas também fortalecerá os pilares de diversidade e inclusão, que devem servir aos valores fundamentais da uma sociedade moderna.
Rio de Janeiro, 03 de setembro de 2023.
Ana Carolina Monguilod
Ana Cláudia A. Utumi
Betina T. Grupenmacher
Bruna Camargo Ferrari
Danielle C. Brigagão
Denise C. Lucena
Fernanda D. Parisi
Flavia Cavalcanti
Gisele B. Bossa
Karem Jureidini Dias
Luciana R. Galhardo
Mary Elbe Queiroz
Priscila S. Mariano da Silva
Priscila Haidar Sakalem
Raquel Novais
Suzy Gomes Hoffmann